sábado, 12 de novembro de 2011

Deitada em Berço Primário

por Ricardo Abramovay*
Publicado na Página 22 Ediçao 58.

A América Latina está cada vez mais distante da tão almejada desmaterialização da vida econômica
analise600
A América Latina e a África Subsaariana são as duas regiões do mundo cujos recursos materiais, energéticos e bióticos superam o montante necessário de terra e água para a produção do que consomem e para a absorção dos resíduos gerados por sua oferta de bens e serviços. Ou, para usar os termos dos especialistas, sua biocapacidade é maior que sua pegada ecológica. Esse trunfo tem sido um vetor decisivo no crescimento recente dos dois continentes. No entanto, a pressão sobre os ecossistemas é tão grande que, se não houver mudança de rumo, a relação entre pegada ecológica e biocapacidade fatalmente vai-se inverter.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Rede Mercosul (Rede Acadêmica de pesquisas econômicas para a América Latina) acabam de publicar os resultados de um vasto levantamento sobre o grau de eficiência com que se usam os recursos dos quais depende a reprodução das sociedades latino-americanas.  (Eficiencia en el uso de los recursos en América Latina, disponível em pnuma.org) Da Rio 92 para cá, houve avanços importantes nas fontes renováveis de energia (sobretudo no Paraguai e no Brasil com Itaipu e o etanol), no surgimento de planejamento socioambiental em vários níveis, na redução dos rejeitos orgânicos na água e, desde meados da última década, na redução do desmatamento. Ainda assim, o quadro geral é preocupante.

O ponto de partida do relatório é o processo de primarização da economia latino-americana. Em plena era do conhecimento, os bens primários, que correspondiam a 42% das exportações latino-americanas em 1998, atingiram 53% do total, em 2008. No Brasil, o aumento proporcional foi ainda maior, passando de 20% a 35%, no período. Uma das mais importantes consequências desse processo é que o acúmulo de divisas decorrente das exportações contribui para valorizar as moedas locais, barateia as importações e, por aí, desestimula o avanço da indústria. Primarização e desindustrialização caminham juntas.
Mas a primarização não compromete o conjunto da indústria e, sim, prioritariamente, aquelas com maior conteúdo de inteligência e inovação. Cresce, na estrutura industrial da América Latina, a proporção dos produtos com alto potencial contaminante, um parâmetro internacional aplicado no Brasil pela equipe liderada por Carlos Eduardo Young, do Ipea, um dos autores do relatório do Pnuma.
A participação desse tipo de indústria durante os anos 1990 estava em queda. Na última década, porém, quase 40% da indústria do Brasil e da Argentina eram de alto potencial contaminante. Entre 1998 e 2007 esses setores cresceram nada menos que 230% na América Latina, ao mesmo tempo que a indústria como um todo sofre um retrocesso generalizado.
Outra dimensão assustadora da inserção global da economia latino-americana é revelada quando se comparam as mudanças líquidas nas áreas florestais pelo mundo. Enquanto na Europa, na América do Norte e na Ásia (aí somente na última década) as áreas florestais se ampliam – muitas vezes por meio de plantações arbóreas homogêneas, que reduzem a biodiversidade, é verdade –, na África e na América Latina elas continuam encolhendo. Apesar da redução do ritmo do desmatamento na última década, a África e a América Latina são hoje o grande reservatório de florestas em que a economia da destruição da natureza – e não a do conhecimento – continua esmagadoramente dominante.
Mas não é só por sua inserção internacional que a América Latina se distancia do desenvolvimento sustentável. É também nos padrões de consumo doméstico. No México, por exemplo, aumenta de maneira constante o fluxo de materiais dos quais depende a vida econômica (esses dados não existem para o Brasil).
Considerando-se apenas os combustíveis fósseis, os minerais, os materiais de construção e a biomassa, o consumo per capita dos mexicanos vai de 7,4 para 11,2 toneladas anuais entre 1970 e 2003. Nesse total, a importância da biomassa é constante, e a dos materiais não bióticos, crescente, o que amplia os impactos da economia sobre os ecossistemas.
A América Latina está cada vez mais distante da tão almejada desmaterialização da vida econômica, que é o traço fundamental da era da informação e do conhecimento. A transição para a economia verde supõe uma nova divisão internacional, não do trabalho, mas do próprio uso dos ecossistemas. Quando surgir a macroeconomia do desenvolvimento sustentável, um de seus pilares consistirá em sinalizar para a sociedade global que é apenas aparente a abundância de recursos concentrados em determinadas regiões e que o sentido social de seu uso deve ser mais importante que a renda que, durante algum tempo, esses recursos são capazes de gerar.
*Professor Titular do Departam ento de Economia e do Instituto de Relações Internacionais da USP http://www.abramovay.pro.br/;
twitter: @abramovay
e-mail: abramov@usp.br

domingo, 26 de junho de 2011

Teotihuacán, el lugar donde nacen los dioses

Teotihuacán, la primera gran ciudad que se desarrollo en Mesoamérica, tuvo un crecimiento que duró en el tiempo de 100 a.C. hasta 650-750 d.C. Sus orígenes se remontan a la terrible destrucción del sur de la cuenca de México por la erupción volcánica que destruyó Cuicuilco, lo que originó una gran migración poblacional a la región noroeste de la misma cuenca donde, al conjuntarse varias aldeas, surgió esta notáble ciudad.
En su tiempo de esplendor, la urbe tenía una extensión mayor a 50 kilómetros cuadrados. Básicamente se dividia en cuadrantes o sectores mayores donde se ubicaban tanto los conjuntos cerimoniales como los llamados palácios, que son unidades multifamiliares. En la actualidad sólo queda el núcleo central de la cuidad, donde destacan la Pirámide del Sol, la Pirámide de la Luna, la Cuidadela y algunos palácios con sus pátios y habitaciones.
Uno de los edifícios más importantes de la zona arqueológica de Teotihuacán es la Pirámide de Quetzalcóatl, la Serpiente Emplumada: dios, hombre y rey, una de las deidades más influentes y misteriosas de entre todo el complejo entramado de la mitología de los llamados pueblos pré-colombianos. (Solis, Felipe. Revista del Museo nacional de Antropologia, México).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Indígena, um termo equivocado

Índio, indígena ou nativo americano são nomes dados aos habitantes humanos da América antes da chegada dos europeus, e os seus descendentes atuais. O termo "índio" provém do fato de que Cristóvão Colombo, quando chegou à América, estava convencido de que tinha chegado à Índia, haja vista que o gentílico espanhol para a pessoa nativa da Índia é índio, e dessa maneira chamou os povos indígenas que ali encontrou. Na América do Norte, estes povos são também conhecidos pelas expressões povos aborígenes, índios americanos, primeiras nações (principalmente no Canadá), nativos do Alasca ou povos indígenas da América. No entanto, os esquimós (inuit, yupik e aleutas) e os métis (mestiços) do Canadá, que têm uma cultura e genética diferente dos restantes, nem sempre são considerados naqueles grupos.
Chamar a todos os povos americanos, e sua cultura pelo termo "indígena" e não usar o seu nome de povo ou tribo é seguir perpetuando este equívoco. Colombo não chegou às Indias, e o povo que vive aqui não é índio, eles tem seus próprios nomes: são os Aztecas, os Maias, os Mexica, os Incas, os Paracas, os Guaranis, Tupinambás, Aymaras, Ianomamis, Cadwéos, Taínos e outros. Em nenhum outro continente do mundo os povos locais são chamados por outros nomes que não os nomes com os quais eles mesmos se apresentam. E isto é um valor que faz diferença.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Centro Histórico de Santo Domingo

O Centro Histórico de Santo Domingo é um dos lugares mais bonitos que já conheci. Ali existe um clima de cidade do interior misturado com capital internacional. Os edifícios históricos, constuídos com uma pedra clara abundante na ilha, abrigam importante patrimônio cultural e compõem um cenário único, junto com sobrados antigos utilizados como moradias, restaurantes, bares, cafés e lojas locais. Os dominicanos desfrutam do seu centro histórico, ouvem sua boa música, bebem alí o seu rum, fumam um puro de primeira, e jogam conversa fora nos bancos das praças. Sobre o que falam? Desde último sucesso de Alberto El Canário, até os rumos da política do país. A vida ali é mais possível e a felicidade, em sua forma mais simples, está ao alcance da mão.

Malvinas Argentinas

Manifeste su apoyo a Argentina en su reivindicación por la soberania sobre las islas Malvinas
É um arquipélago formado por duas ilhas principais e aproximadamente outras 700 ilhas menores, situado no Atlântico Sul com todas as ilhas somando uma área total de 12.173 km². Inclui em suas dependências os arquipélagos das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e Ilhas Shetland do Sul. As duas ilhas principais são Soledad, a leste e Gran Malvina, a oeste, separadas pelo canal de San Carlos.
A proximidade com a Antártica traz interesse estratégico para o arquipélago e suas dependências.

OTRA DE LAS TANTAS INVACIONES DE COLONIZADORES A AMERICA:
LA GUERRA DE MALVINAS
(por Gonzalo Carus, Argentina)

Que decir de la guerra en Malvinas que ya no se haya dicho, y sin siquiera haber nacido por ese entonces. Sin dudas, uno de los episódios mas crueles y salvajes de la historia Argentina, donde un gobierno de facto somete a su pueblo (el cual no había elegido para que los represente) a luchar sin “ armas” contra una de las potencias mas importantes del mundo a fin de mantener y reflotar su decaída imagen.
El gobierno de facto al mando del presidente Galtieri, sometido al descontento popular a causa de fracasos políticos, económicos (privatizaciones, alta inflación, fuerte desocupación , con un amplio incremeto de la deuda externa) y sociales (reclamos de madres por desaparecidos) y con una escasa visión de la política internacional, decide reflotar su imagen a costo de una locura: lanzar una guerra para recuperar y repatriar Las Islas Malvinas. Estas islas, ubicadas a 8.000 Km de Inglaterra, se encontraban en manos británicas desde su usurpación en 1833 cuando desembarcaron y expulsaron a la población local reemplazándola por los Kelpers. Un gobierno extranjero con intereses colonizadores, en busca de petróleo, grandes basureros nucleares y territorio para la ubicación de bases militares navales en terrenos americanos (sobre todo para Estados Unidos, los grandes aliados de Inglaterra).
Durante casi ciento cincuenta años, la Argentina reclamó diplomáticamente, sin resultados concretos, hasta que el 2 de abril de 1982 las fuerzas militares argentinas desembarcan en las islas desatando una guerra para recuperar una porción de terreno que la mayoría de los argentinos jamás había visitado y otros desconocían de su existencia. El 14 de junio el ejercito Argentino se rindió a las fuerzas de Gran Bretaña finalizando la absurda guerra con un saldo en bajas de 649 argentinos. La derrota terminó de desprestigiar y debilitar a la dictadura argentina. La crisis económica se profundizó y reaparecieron las protestas populares.
Las denuncias por las violaciones de los derechos humanos se acrecentaron y comenzaron a desarrollarse grandes demostraciones, que no solo reclamaban saber el destino de los desaparecidos, sino su aparición con vida y el juicio a los culpables. Algo muy destacable es que la prensa, quien luchaba a favor de la dictadura, comenzó a publicar las denuncias. Esta guerra cambió el panorama político en América del Sur, no solo trayendo abajo la dictadura militar responsable de la derrota, sino que también fortaleciendo la otra dictadura de la época: la pinochetista en Chile, como recompensa por su apoyó a Reino Unido con bases de operación y vuelos encubiertos.

Brasil mantiene proibición a los navios ingleses que vienen de las Malvinas a atracar en puertos brasileiros

Brasília – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que é padrão a decisão brasileira de impedir que um navio de guerra britânico vindo das Malvinas atracasse no Brasil. “É padrão porque todas as demandas que são feitas de aviões ou navios britânicos em operações de guerra nas Malvinas, o Brasil não aceita. Nós reconhecemos a soberania da Argentina sobre as Malvinas e não da Inglaterra”, disse Jobim.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

La verdadera deuda externa


La verdadera deuda externa
Conferencia del Cacique Guaicaipuro Cuatémoc
en reunión de jefes de Estado de la Comunidad Europea
-1990-

Aquí pues yo, Guaicaipuro Cuatémoc, he venido a encontrar a los que celebran el encuentro. Aquí pues yo, descendiente de los que poblaron la América hace cuarenta mil años, he venido a encontrar a los que se encontraron hace quinientos años. Aquí pues nos encontramos todos. Sabemos lo que somos, y es bastante. Nunca tendremos otra cosa. El hermano aduanero europeo me pide papel escrito con visa para poder descubrir a los que me descubrieron.
El hermano usurero europeo me pide pago de una deuda contraída por Judas, a quien nunca autoricé a venderme.
El hermano leguleyo europeo me explica que toda deuda se paga con intereses, aunque sea vendiendo seres humanos y países enteros, sin pedirles consentimiento.
Yo los voy descubriendo.
También yo puedo reclamar pagos, también puedo reclamar intereses.
Consta en el Archivo de Indias. Papel sobre papel, recibo sobre recibo, firma sobre firma, que solamente entre el año 1503 y 1660 llegaron a Sanlúcar de Barrameda 185 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata provenientes de América.
¿Saqueo? ¡No lo creyera yo!, porque sería pensar que los hermanos cristianos faltaron al Séptimo Mandamiento.
¿Expoliación? ¡Guárdeme Tanatzin de figurarme que los europeos, como Caín, matan y niegan la sangre del hermano!
¿Genocidio? ¡Eso sería dar crédito a "calumniadores" como Bartolomé de las Casas, que califican al encuentro de 'destrucción de las Indias', o a "ultrosos" como Arturo Uslar Pietri, quien afirma que el arranque del capitalismo y la actual civilización europea se deben a la inundación de metales preciosos!
¡No! Esos 185 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata deben ser considerados como el primero de muchos préstamos amigables de América destinados al desarrollo de Europa.
Lo contrario sería presumir la existencia de crímenes de guerra, lo que daría derecho no sólo a exigir su devolución inmediata, sino la indemnización por daños y perjuicios.
Yo, Guaicaipuro Cuatémoc, prefiero creer en la menos ofensiva de las hipótesis.
Tan fabulosas exportaciones de capital no fueron más que el inicio de un plan Marshalltezuma, para garantizar la reconstrucción de la bárbara Europa, arruinada por sus deplorables guerras contra los cultos musulmanes, creadores del álgebra, la poligamia, el baño cotidiano y otros logros superiores de la civilización.
Por eso, al celebrar el Quinto Centenario del Empréstito, podremos preguntarnos:
¿Han hecho los hermanos europeos un uso racional, responsable o, por lo menos, productivo de los recursos tan generosamente adelantados por el Fondo Indoamericano Internacional?
Deploramos decir que no.
En lo estratégico, lo dilapidaron en las 'batallas de Lepanto', en 'armadas invencibles', en 'terceros reichs' y otras formas de exterminio mutuo, sin otro destino que terminar ocupados por las tropas gringas de la OTAN, como Panamá pero sin canal.
En lo financiero, han sido incapaces, después de una moratoria de 500 años, tanto de cancelar el capital y sus intereses cuanto de independizarse de las rentas líquidas, las materias primas y la energía barata que les exporta el Tercer Mundo.
Este deplorable cuadro corrobora la afirmación de Milton Friedman, conforme a la cual una economía subsidiaria jamás puede funcionar.
Y nos obliga a reclamarles, por su propio bien, el pago del capital y los intereses que, tan generosamente, hemos demorado todos estos siglos.
Al decir esto aclaramos que no nos rebajaremos a cobrarles a los hermanos europeos las viles y sanguinarias tasas flotantes de 20%, y hasta 30%, que los hermanos europeos le cobran a los pueblos del Tercer Mundo.
Nos limitaremos a exigir la devolución de los metales preciosos adelantados, más el módico interés fijo de 10% anual, acumulado sólo durante los últimos 300 años (con 200 años de gracia).
Sobre esta base, y aplicando la fórmula europea del interés compuesto, informamos a los descubridores que nos deben, como primer pago de su deuda, una masa de 180 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata, ambas elevadas a la potencia de 300.
Es decir, un número para cuya expresión total, serían necesarias más de 300 cifras, y que supera ampliamente el peso total de la Tierra. ¡Muy pesadas son esas moles de oro y plata!
¿Cuánto pesarían, calculadas en sangre?
Aducir que Europa, en medio milenio, no ha podido generar riquezas suficientes para cancelar ese módico interés, sería tanto como admitir su absoluto fracaso financiero y/o la demencial irracionalidad de los supuestos del capitalismo.
Tales cuestiones metafísicas, desde luego, no nos inquietan a los indoamericanos.
Pero sí exigimos en forma inmediata la firma de una 'carta de intención' que discipline a los pueblos deudores del Viejo Continente; y que los obligue a cumplir su compromiso mediante una pronta privatización o reconversión de Europa, que les permita entregárnosla entera, como primer pago de la deuda histórica.
Dicen los pesimistas del Viejo Mundo que su civilización está en una bancarrota tal que les impide cumplir con sus compromisos financieros o morales.
En tal caso, nos contentaríamos con que nos pagaran entregándonos la bala con la que mataron al Poeta.
Pero no podrán.
Porque esa bala es el corazón de Europa.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Patas Arriba

Gonzalo Carus (ARGENTINA)


Desde hace unos años, me propuse como objetivo recorrer la mayor cantidad posible de tierras que componen uno de los continentes con  mayor diversidad cultural y paisajística del mundo: Latinoamérica, no solo por mi condición de habitante y natural de estas tierras, sino por la diversidad de escenarios que presenta (montañas, planicies, rios, mares, desiertos, salares, yungas, selvas, cataratas, etc), y para poder palpar y conocer la cultura autoctona, desmitificando creencias y falacias de la historia que nos contaron desde pequeños sobre la bondad de los colonizadores españoles y portugueses, a fin de reencontrarme con la verdadera historia Latinoamericana: cuna de infinidad de pueblos y de civilizaciones avanzadas que fueron desarraigadas, torturadas, robadas y masacradas por gente que se consideraba superior, pero que utilizó matéria prima y mano de obra para levantar su imperio. Hablo en pasado pero muchas de estas cosas transcurren también en el presente y creo que una fuerte unión latinoamericana puede generar un estancamiento entre la brecha que se generó entre los pueblos de “primer” y “tercer” mundo, como les gusta llamarnos.

Es por todo esto que Latinoamerica no deja de sorprenderme y creo que este portal  creado por un colega latinoamericano genera fortalecimiento y conocimiento cultural para la unificación de los hermanos latinomericanos sin importar la lengua con la que nos comuniquemos, pero si las razones por las que queremos ser reconocidos y considerados.

Dejo la letra de LATINOAMERICA de calle 13, que creo que representa apropiadamente al pensamiento latinoamericano  


Soy,
Soy lo que dejaron,
soy toda la sobra de lo que se robaron.
Un pueblo escondido en la cima,
mi piel es de cuero por eso aguanta cualquier clima.
Soy una fábrica de humo,
mano de obra campesina para tu consumo
Frente de frio en el medio del verano,
el amor en los tiempos del cólera, mi hermano.
El sol que nace y el día que muere,
con los mejores atardeceres.
Soy el desarrollo en carne viva,
un discurso político sin saliva.
Las caras más bonitas que he conocido,
soy la fotografía de un desaparecido.
Soy la sangre dentro de tus venas,
soy un pedazo de tierra que vale la pena.
soy una canasta con frijoles ,
soy Maradona contra Inglaterra anotándote dos goles.
Soy lo que sostiene mi bandera,
la espina dorsal del planeta es mi cordillera.
Soy lo que me enseño mi padre,
el que no quiere a su patria no quiere a su madre.
Soy América latina,
un pueblo sin piernas pero que camina.

Tú no puedes comprar al viento.
Tú no puedes comprar al sol.
Tú no puedes comprar la lluvia.
Tú no puedes comprar el calor.
Tú no puedes comprar las nubes.
Tú no puedes comprar los colores.
Tú no puedes comprar mi alegría.
Tú no puedes comprar mis dolores.

Tengo los lagos, tengo los ríos.
Tengo mis dientes pa` cuando me sonrío.
La nieve que maquilla mis montañas.
Tengo el sol que me seca  y la lluvia que me baña.
Un desierto embriagado con bellos de un trago de pulque.
Para cantar con los coyotes, todo lo que necesito.
Tengo mis pulmones respirando azul clarito.
La altura que sofoca.
Soy las muelas de mi boca mascando coca.
El otoño con sus hojas desmalladas.
Los versos escritos bajo la noche estrellada.
Una viña repleta de uvas.
Un cañaveral bajo el sol en cuba.
Soy el mar Caribe que vigila las casitas,
Haciendo rituales de agua bendita.
El viento que peina mi cabello.
Soy todos los santos que cuelgan de mi cuello.
El jugo de mi lucha no es artificial,
Porque el abono de mi tierra es natural.

Tú no puedes comprar al viento.
Tú no puedes comprar al sol.
Tú no puedes comprar la lluvia.
Tú no puedes comprar el calor.
Tú no puedes comprar las nubes.
Tú no puedes comprar los colores.
Tú no puedes comprar mi alegría.
Tú no puedes comprar mis dolores.

Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar chuva
Você não pode comprar o calor
Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha felicidade
Você não pode comprar minha tristeza

Tú no puedes comprar al sol.
Tú no puedes comprar la lluvia.
(Vamos dibujando el camino,
vamos caminando)
No puedes comprar mi vida.
MI TIERRA NO SE VENDE.

Trabajo en bruto pero con orgullo,
Aquí se comparte, lo mío es tuyo.
Este pueblo no se ahoga con marullos,
Y si se derrumba yo lo reconstruyo.
Tampoco pestañeo cuando te miro,
Para q te acuerdes de mi apellido.
La operación cóndor invadiendo mi nido,
¡Perdono pero nunca olvido!

(Vamos caminando)
Aquí se respira lucha.
(Vamos caminando)
Yo canto porque se escucha.

Aquí estamos de pie
¡Que viva Latinoamérica!

No puedes comprar mi vida